Rock da Terra do Sol Nascente: Malice Mizer

Por muitos anos, me limitei a ouvir bandas de rock, heavy metal e hard rock dos EUA, Brasil e Europa. Até que um belo dia fazendo pesquisas na internet, encontrei material de uma banda que uma garota do Sul havia me recomendado há muito tempo atrás e que eu nunca tinha parado para ouvir. O nome dessa banda? Malice Mizer, algo do tipo: Malícia e Miséria.

O Malice Mizer surgiu em 1992 e suas atividades foram interrompidas em 2001. De visual marcante, foram os pioneiros do movimento visual key. Não podemos dizer que Malice Mizer era uma banda de heavy metal, talvez nem de rock, mas o seu pioneirismo e ousadia me chamaram a atenção. Gosto muito de bandas que são bem diferentes de tudo que estamos acostumados a ver.

Malice Mizer era formada por Mana Sama e Közi (guitarras e sintetizadores), Yu~Ki (baixo), Kami (bateria) e nos vocais Gackt. Era estranho ver rapazes vestidos como se fossem mulheres, mas como não sou preconceituoso, me encantei com aquele som diferente e bem original. Seus shows eram mais que uma apresentação musical, tinha encenações como se estivéssemos em um teatro. Com roupas luxuosas e extravagantes, eles pareciam personagens saídos de um filme japonês.

No começo, eles faziam um estilo meio rock pop, baseado no romantismo francês e depois lá para o final de suas atividades namoravam com o gótico com elementos vitorianos. Mas como nem tudo nessa vida são flores, uma grande tragédia abalou a banda. O baterista Kami, teve um derrame cerebral em 21 de Junho de 1999. Isso devastou a banda e consequentemente os fãs. Ele era um membro da banda muito querido. Sua aparência com cabelos bem longos e sempre muito tímido era icônica.

Alguns definem o Malice Mizer como uma mistura de rock progressivo, arte rock, pop rock, synthpop, darkwave, rock sinfônico e metal sinfônico. E a história da banda se divide em 3 etapas: Era Tetsu (1992-1994), Era Gackt (1995-1999) e Era Klaha (2000-2001). Destaquei acima a formação com Gackt nos vocais, porque foi a mais duradoura e que produziu a obra prima Mervelleis, lançada dia 18 de Maio de 1998.

Sem sombra de dúvidas, um dos discos que mais ouvi na vida. Gackt se tornou depois de algum tempo um dos cantores mais famosos do Japão, atuando até em filmes norte-americanos. Depois disso a banda ainda teve a fase Klaha, que chegou ao seu fim em 2001. Apesar de nunca anunciarem um fim definitivo, a banda ficou totalmente descaracterizada.

O show Bois de Merveilles, que tenho em minha coleção pessoal, é uma experiência única. De uma qualidade ímpar a banda desfila todos os maiores sucessos e entre uma música e outra, performances teatrais. Recomendo a todo amante de música, independente do gosto musical.

Os clipes do Malice Mizer também são uma atração à parte. Destaque para a canção Gekka no Yasoukyoku, Bel Air e para Au Revouir. É impressionante como uma banda assim surge do nada e depois vai embora. Com certeza deixou uma legião de fãs órfãos.

A banda tem muitos fãs na França e em alguns outros lugares do globo. Outros discos lançados pela banda são: Memoire (1994), Voyage San Retour (1996), Merveilles(1998), Bara No Seidou (2000).

Caso eu tenha lhe despertado a curiosidade, procure alguma coisa deles no You Tube, tem muito material de graça para assistir e se encantar. Até a próxima, pessoal!

Autor/Contribuidor: Leo Metaller (The Informetal)

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